Psicologia A
Finalidades do Programa
1) Fomentar a aquisição de conhecimentos de instrumentos de leitura, a partir do trabalho sobre os conteúdos programáticos, que permitem uma melhor compreensão do comportamento humano.
2) Estimular o desenvolvimento pessoal e social, a partir da reflexão sobre o comportamento e as convicções e os valores próprios e dos outros, que permita uma melhor relação consigo próprio e com os outros.
3) Promover os desenvolvimentos das competências pessoais a partir da resolução de problemas e da realização de projetos, que permitem a inserção ajustada no mundo.
Resumo da Matéria
- Para se responder á pergunta: “qual a especificidade do ser humano do Ser Humano? “tem de se estudar as bases genéticas.
- A genética é a ciência que estuda o processo de transmissão dos caracteres dos progenitores para a sua descendência.
- As características genéticas são transmitidas pelos cromossomas, são estruturas que se encontrem no interior das células.
- Os cromossomas, são constituídos por ADN, por ácido desoxibonucleico, e são os responsáveis pela transmissão da informação hereditária de geração em geração. Estão organizadas aos pares.
- Cada espécie tem o mesmo número de cromossomas constituindo o seu cariótopo.
O cariótopo humano é constituído por cromossomas. - O ADN é uma substância química constituída por substâncias química:
a) Adenia k) tinina c) citosina g) guanina
- O código genético é uma sequência de aminoácidos na molécula de ADN que possibilita a transmissão das características hereditárias.
- Os cromossomas são constituídos por vários génes que são responsáveis por diferentes características.
- Os génes são segmentos de ADN organiza em nudeótido com uma determinada sequência. É um segmento de um cromossoma com um código próprio que contêm informação para produzir uma característica determinada.
- Distinguem-se génes dominantes (produzem efeitos mesmo que estejam só presentes num dos cromossomas do par) e génes recessivos (só produzem efeitos quando estão presentes nos dois cromossomas do par).
- De entre os vários tipos de génes, destacam-se os génes do desenvolvimento que, entre outras funções, planificam a construção do organismo sendo fundamentais no processo de constituição da espécie do individuo.
- O genoma é constituinte dos génes que constitui o ser humano.
- A meiose é um processo da divisão das células sexuais que ocorre durante a fecundação. O número de cromossomas reduz para 23 assegurando deste modo os 46 cromossomas características da espécie humana.
- Este processo de divisão é umas das condições variabilidade genética, isto é, o conjunto de variações genéticas que existem entre os membros de uma população.
- Designamos por hereditariedade específica a informação genética que é responsável pelas características comuns aos elementos de uma espécie.
- A hereditária individual corresponde á informação genética que é responsável pelas características de um individuo tornando diferente de todos outros.
- O genétopo é um conjunto das determinações genéticas herdadas, é a aceleração génes recebidas a quando da recepção.
- O fenótipo é o conjunto das características num individuo e que resultam da interacção do genótipo e do meio.
- O individuo é o resultado factores hereditárias e dos factores ambientais.
- O préfornismo e a teoria da epigénese são duas perspectivas sobre o papel da hereditariedade e do meio na constituição e no comportamento dos seres humanos.
- O préfornismo é uma teoria segundo a qual o embrião se desenvolve segundo as potencialidades existentes no ovo. É uma teoria que privilegia os factores genéticos do desenvolvimento.
- A teoria da epigénese demarca-se do préformismo ao afirmar a importância do meio ambiente. No processo de desenvolvimento, ocorrem potencialidades que, não estando presentes no ovo, se desenvolvem para efeito da acção do meio.
- A Filogénese e a Antropogénese designam processos relativos ao desenvolvimento.
- Designam-se por Filogénese o conjunto de processos biológicos de transformação que explicam o aparecimento das espécies e da sua diferenciação.
- A Filogénese recorta-se á história da espécie.
- A ontogénese designam desenvolivimeno, a modificação do individuo, desde a fecundação até á morte.
- A ontogénese recorta-se á história individual.
- Segundo a lei da recapitulação, a ontogénese recapitula a filogénese, isto é o embrião, ao desenvolver-se, reproduz aos estadios da evolução da vida das espécie.
- A lei da recapitulação defende que o desenvolvimento do indivíduo depende apenas dos fatores biológicos.
- Entre as várias críticas, há leis da recapitulação, destaca-se a que afirma que o desenvolvimento do indivíduo depende da interação entre os fatores genéticos e os fatores ambientais, condição de adaptação dos seres ao meio.
- São as transformações ontogenéticas que possibilitam a adaptação do indivíduo ao meio. Por isso pode afirmar que a ontogénese determina a filogénese.
- A filogénese é o produto das conquistas individuais, das ontogéneses.
- A generalidade dos animais tem um comportamento prédefinido inato, tem o que se designa programa genético fechado.
- A afirmação da existência de um programa genético dos seres humanos só pode aceitar-se o concebermos como um programa aberto, isto é suscetivel de se adaptar ás influências do meio ambiente.
- O inacabamento biológico do ser humano, o fato de ao nascer não apresentar as suas competências desenvolvidas (prematura), constitui uma vantagem:
- Possibilita uma maior capacidade para aprender e se desenvolver. - A neotina designa o inacabamento biológico do ser humano ao nascer, o que implica que a infância humana seja tão longa: o processo de desenvolvimento continua após o nascimento.
- Diz-se ainda que o ser humano é neoténico porque mantém em adulto as características juvenis.
- O programa genético aberto, a prematuridade do ser humano e a consequente necessidade de continuar a desenvolver-se após o nascimento constituem uma vantagem, porque possibilitam o desenvolvimento de muitas capacidades e competências no contexto das interações sociais.
Fatores da evolução antropogenética
1. Ecológicos e ambientais- Climas, Meio Ambiente e Epigénese.
2. Biologicos e genéticos- Aperfeçoamento do cérebro
3. Sociais e culturais- Adaptação do grupo ao meio
Reportando-nos agora á questão da evolução, e, mais concretamente, á evolução da espécie humana, quais são, a sua perspetiva, os principais emos que “rodeiam” esse saber e que são comummente divulgados, inclusivamente nos manuais? (a questão da evolução).
Sistema nervoso, endócrino e imunitário
1) O sistema nervoso é constituído fundamentalmente por dois tipos de células: os neurónios ou células nervosas e as células gliais.
2) As células gliais, para além de fornecerem os nutrientes aos neurónios, controlam o seu desenvolvimento. Tem funções importantes no desenvolvimento e na comunicação cerebral.
3) Os neurónios são constituídos por três componentes: o corpo celular, os dendrites e o axonia.
4) Existem três tipos de neurónios: sensoriais (transmitem ás mensagens da priferia paraos centros nervosos) , motores (transmitem as mensagens do interior para a priferia) e os neurónios de correção (interpretam as informações e elaboram as respostas).
5) A comunicação nervosa consiste em transmitir mensagens de um grupo de neurónios para outro grupo. Dá-se o nome de impulso nervoso ou influxo nervoso á informação que circula entre os neurónios.
6) É através da sinapse- zona de interação entre neurónios- que as mensagens são transmitidas.
7) As mensagens nervosas ocorrem por processos eletroquímicos. A energia nervosa é de dois tipos: as que passa das dendrites pelo corpo celular é eletrica; ao nível da sinapse, pelo efeito dos neurotransmissores, passa a energia química.
8) Os neurotransmissores initidos pelos neurónios présinático, atravessam a fenda sintática- espaço compreendido entre os neurónios- e são captados pelos recetores do neurónio possinático.
9) O sistema nervoso é constituído por um conjunto de estruturas que recebem a informação , comunicam-a , condenam-na e organizam os comportamentos.
10) Distinguem-se, geralmente, os mecanismos de receção, que recebem a informação (or orgãos dos sentidos), os mecanismos de coordenação (sistema nervoso central e periférico) e os mecanismos de reação ( os musculos e as glândulas).
11) O sistema nervoso central (SNC) é constituído pela espinal medula (que tem funções de coordenação e de condução) e pelo encéfalo.
12) De entre as várias estruturas que constituem o encéfalo, o cérebro humano desempenha um conjunto de funções especializados exclusivas dos seres humanos.
13) O cérebro está dividido em dos hemisférios, cobertos com uma camada de massa cinzenta, o córtex cerebral, que são especializados em função próprias- lateralização cerebral.
14) Apesar da especialização, os hemisférios direito e esquerdo funcionam de forma complementar.
15) Cada hemisfério é constituído por quarto lobos- frontal, parietal, osssipital e temporal.
16) Nos lobos ossipitais são processados os estímulos visuais que préviamente passaram pelo tálamo. A área visual primária processa dados como a cor, a distância, etc, que passam depois da área visual secundária onde ocorre a identificação dos objetos. Outras áreas do cérebro intrevêm atribuíndo significados ás informações.
17) Os lobos temporais processam os estímulos auditivos: os sons são recebidos na área auditiva primária e intrepetados na área secundária ou de associação. E nesta zona que se situa á área de Wernicke, que tem um importante papel, na produção do discurso e na compreensão do que outros dizem.
18) Os lobos parietais são constituídos por duas zonas. Na zona anterior, a área somatossensorial, recebe os estímulos que vem do ambiente, produzindo as sensações de temperatura, de dor, do tato, etc. As zonas mais sensíveis ao corpo são as que ocupam mais na área do cortex. Na área secundária, as informações recebidas são analisadas e interpretadas, possibilitando-nos por exemplo, o reconhecimento dos objetos através do tato.
19) Os lobos frontais correspondem acerca de um terço do volume total do cérebro, desempenham um conjunto de funções que, pela sua importância levam a que muitos autores os consideram ser a “sede da humanidade”.
20) O cortex motor ou área motora é responsável pelos movimentos dos músculos. As zonas que precisam de produzir movimentos mais precisos e mais variados são os que ocupam mais área no cortex.
21) Por detrás da área motora fica situada uma zona designada por área de Broca, que é responsável pela linguagem falada, pela produção do discurso.
22) As áreas pré-frontais são responsáveis pelas funções inteletuais superiores: memória, pensamento flexivo e imaginação. É aí que se processa a resolução de problemas, a tomada de decisão, a planificação, a capacidade de prever o efeito das nossas ações, etc.
23) É nas nossas áreas pré-frontais que se faz coordenação entre as emoções e as capacidades de decidir. Esta relação foi estudada por António e Hanna Damásio.
24) A especialização das várias áreas do cérebro em determinadas funções tem de se compreender ao luxo do funcionamento sistemático do cérebro: As diferentes estruturas funcionam de modo integrado, implicando-se umas ás outras na concretização das diferentes funções.
25) Uma das provas deste funcionamento sistemático ocorre quando uma área lesionado deixa de exercer a sua função e uma outra área vizinha assume esta função perdida (função vicariante ou de suplência do cérebro).
26) O cérebro é um sistema unitário que trabalha como um todo, de forma interativa caracterizando-se pela sua plasticidade.
27) Ainda que, ao nascer, o bebé tem a todas as áreas corticais formadas , o desenvolvimento cerebral, continua a fazer-se de forma acelerada nos primeiros meses de vida.
28) A formação do cérebro não resulta de um programa préestabelecido: o meio tem um papel decisivo no desenvolvimento cerebral antes e após o nascimento.
29) O processo de desenvolvimento cerebral não se define apenas pelo aparecimento de neurónios e sinapses: dá-se também através da seleção de redes neuroniais, que passa pela morte de neurónios e pela supressão de sinapses.
30) Este processo que ocorre ao longo da vida não está geneticamente determinado, depende das interações com meio das esperiências vividas pelo sujeito.
31) As conecções sintáticas são moldadas pelas as experiências dos sujeitos, o que é uma das razões que explica os gemeos, não apresentam as mesmas redes neuronais.
32) O inacabamento do cérebro humano ao nascer e o lento processo de desenvolvimento pós-natal (lentificação) vão constituir, uma vantagem, ao possibilitar uma estimulação maior e mais prolongada do meio.
33) A diferente expressão genética não chega para explicar as diferenças individuais: os efeitos do meio intra-úterino e as experiências ao longo da vida são elementos fundamentais para explicar os processos de indução.
34) É a imaturidade do cérebro humano e a sua esplacidade que vão proporcionar aos seres humanos a possibilidade de desenvolverem um conjunto de capacidades que os distinguem dos outros animais e de aprenderem ao longo da vida.
35) Esta plasticidade, esta flexibilidade, permite uma adaptação ao meio mais eficaz e mais criativa são a condição de aprendizagem ao longo da vida.
a) Definir Cosmogénese.
Evolução ‘’Todo’’ (cosmos) – tudo o que existe, e tudo o que não sabemos que existe.
Religioso – acreditar, (não preciso de ver Deus para acreditar nele).
Ciência – verdade ou falso, (tenho que ter provas para acreditar).
b) Distinguir a hipótese de evolucionista da hipótese fixista ou criacionista.
A hipótese evolucionista defende que as criações eram as imutáveis, ou seja, não sofrem modificações. A hipótese fixista defendia que todos os seres vivos forem feitos por obra divina.
c) Enumerar argumentos a favor da hipótese evolucionista.
Argumentos a favor da hipótese evolucionista: ideias transformistas paleontologia, registos fossais e bioquímicos, estudos anatómicos, estruturas vestigiais.
d) Definir Filogénese.
Filogénese é a secessão genética das espécies orgânicas.
e) Definir Antropogénese.
Antropogénese é o conjunto de transformações de que terá resultado vítima na evolução animal, a aparição da mulher e do homem na superfície do globo.
f) Identificar alguns antepassados da espécie humana.
Na história da humanidade são consideradas três espécies – hábilis, erectos e sapiens, por outro lado, não se conseguem traçar limites definidos entre eles, tudo indica que a evolução não se deu de forma linear, mas sim com desvios e rupturas.
g) Problematizar o saber a cerca da história da humanidade.
Mudança
Clima ecológico
Adaptação do grupo ao meio Hábilis, Herectus, Sapiens
Aumento do volume do cérebro, aperfeiçoando a sua especialização e complexificação
Linguagem seja um meio de comunicação
Expressão e instrumento
Base do pensamento
h) Explicar a importância das mutações genéticas na evolução da espécie humana.
A importância das mutações genéticas é que estas mutações possibilitam a adaptação e o desenvolvimento.
i) Mostrar a importância da pressão ambiental na evolução da espécie humana.
Alterações ao nível do clima e do contexto ecológico foram essenciais para a evolução do mutante humano marcada pela adaptação do grupo ao meio. Um ambiente diferente mais hostil e carenciado, a inteligência conferiu uma nova dificuldade de adaptação precisa e imediata. Nascidas nesse ambiente hostil os favorecidos e os animais que os rodeavam.
j) Definir hominização.
Hominização é o resultado de uma série de processos biológicos, sociais e culturais muito complexos e ainda não esclarecidos totalmente.
k) Identificar traços distintos da espécie “homo”.
Os traços distintivos da espécie homo são: a linguagem, expressão, instrumento e pensamento.
l) Enumerar factores da evolução antropogenética.
Factores de ordem ecológica ambiental, factores de ordem biológica e genética e factores de ordem social e cultural.
m) Relacionar esses factores entre si.
n) Definir Ontogénese.
Processos Sociais
1) Sermos humanos é mais do que pertencermos a uma espécie de seres com uma determinada biologia e estrutura corporal: depende da participação em contextos sociais e culturais particulares, onde aprendemos formas de ser e de nos comportar.
2) As capacidades dos seres humanos em transformar o meio em que vivem, adaptando-se a ele, levaram á construção de um mundo inter-humano, que constitui o seu ambiente de suporte e protecção, e das suas formas de vida.
3) A cultura é uma totalidade onde se conjugam de forma dinâmica diversos elementos materiais e simbólicos: conhecimentos, crenças, valores, leis e normas, formas de arte e expressão, costumem e práticas sociais, assim como objectos e construções produzidos.
4) A cultura tem uma profunda influência na forma como cada uma pensa, sente e se comporta. Não somos, todavia, produtos direitos dessas influências culturais: somos também produtores de cultura, a gentes da sua construção, transmissão e transformação.
5) Todas as comunidades humanas possuem cultura. As culturas reflectem as diferentes maneiras como as diversas comunidades e organizaram e integram os acontecimentos da sua história das suas necessidades.
6) Dá-se o nome de padrão cultural ao conjunto de comportamentos, práticas, crenças e valores comuns aos membros de uma cultura, as formas particulares e padronizados de comunidade ou grupo social.
7) Um padrão cultural não é uma realidade estatística: cada padrão cultural muda permanentemente não só de cultura de cada um dos seus membros, mas também através do contacto com outras culturas.
8) A aculturação é o conjunto dos fenómenos resultantes do contacto contínuo entre os grupos de indivíduos pertencentes a diferentes culturas, assim como as mudanças nos padrões culturais de ambos os grupos que deles decorrem.
9) Cada padrão cultural ajuda a definir as expectativas comportamentais que podem ser encontradas numa determinada comunidade. Os padrões de uma cultura permitem prever até certo ponto os comportamentos daqueles que os partilham.
10) A socialização é um processo dinâmico de integração de um indivíduo numa dada cultura. Refere-se as formas como cada pessoa interioriza-se e aprende os elementos socioculturais enquanto participa, age, e se comporta em diversas relações entre práticas e instituições.
Interacções
1) As interacções que estabelecemos com os outros influenciam o que somos e o modo como comportamos. Daí a importância do seu estudo em Psicologia.
2) A cognição social refere-se aos processos que estão na base na maneira como encaramos os outros e a nós próprios. Procura conhecer os factores que influenciam e afectam a forma como interagimos como os outros.
3) As impressões, as expectativas, as atitudes e as representações sociais são processos de cognição social.
4) As impressões consistem no processo de integração de uma pessoa numa categoria a partir dos dados que obtemos num primeiro contacto ou das informações que nos são fornecidas por outros.
5) Na base das impressões está a categorização, que consiste no reagrupamento de pessoas, objectos ou situações a partir do que serão as duas semelhanças e diferenças.
6) Estes processos simplificados de classificação dão segurança ás interacções sociais, porque definem o lugar dos outros sobre o comportamento dos outros o que orientam o nosso próprio comportamento.
7) As impressões constroem-se a partir das nossas interpretações, tendo por base os nossos valores, crenças, as experiências relativos aos outros que conhecemos.
8) Uma primeira impressão global e afectiva pelos indícios físicos, verbais, não-verbais e comportamentais, apresentados pela pessoa, o efeito que esses indícios têm sobre quem forma a impressão depende do significado que se lhes atribui.
9) O efeito das primeiras impressões é muito duradouro e persistente, sendo difícil alterar a percepção que construímos nos primeiros contactos.
10) É a partir das impressões que formamos as nossas expectativas, isto é, os indicadores e as informações de que dispomos levam-nos a prever as atitudes e os comportamentos dos outros.
11) As nossas espectativas afectam os comportamentos dos outros e condicionam o nosso próprio comportamento.
12) O efeito das expetativas sobre os comportamentos motivou, entre outras, investigações direcionadas para a aprendizagem.
13) Rosenthal procurou mostrar que as expetativas positivas dos professores em relação aos alunos afetavam positivamente os resultados escolares (efeito Pigmalião).
14) O nosso comportamento decorre em grande parte, das atitudes: predisposição para se responder positiva ou negativamente a um objeto social.
15) As atitudes são, portanto, tendência relativamente estáveis para uma pessoa se comportar de um determinado modo, face a uma situação, objeto, grupo ou pessoa.
16) Podem distinguir-se, nas atitudes três componentes: cognitiva, afetiva e comportamental.
17) A componente cognitiva das atitudes refere-se as ideias, informações sobre o objeto social.
18) A componente afetiva das atitudes refere-se a emoção, sentimento positivo ou negativo em relação ao objeto social.
19) A componente comportamental das atitudes refere-se a reações ou respostas face ao objeto.
20) As atitudes não se podem observar diretamente, mas pode inferir-se a partir de um comportamento; do mesmo modo se conhecermos a atitude de uma pessoa face a uma situação ou acontecimento, podemos prever o seu comportamento.
21) As atitudes formam-se no processo de socialização. Os principais agentes são a família, a escola e os meios de comunicação social.
22) É através da observação, da identificação e da imitação de modelos que se aprendem e formam as atitudes. (pais, pares, professores, figuras do meio de comunicação social, etc.)
23) Este processo de aprendizagem é mais intenso na infância e na adolescência, mas decorre ao longo da vida.
24) Existe uma tendência para a estabilidade das atitudes ao longo da vida.
25) Apesar da estabilidade das atitudes, estas podem mudar. O processo de modificação das atitudes é semelhante ao da sua formação. A publicidade é a propaganda, visão precisamente a mudança das atitudes.
26) Quando uma pessoa sustenta duas atitudes que se contradizem, ocorre o que se designa por, dissonância cognitiva, que é geradora de sentimentos de angustia, inquietação e desconforto.
27) A dissonância cognitiva também pode ocorrer quando o nosso comportamento não está de acordo com a atitude relacionada. Esta seria uma das razões que a explicariam a mudança de atitudes.
28) As representações sociais são um conjunto de explicações, crenças e ideias que são aceites por uma dada sociedade ou por grupos sociais.
29) As representações sociais representem um saber partilhado, produto das interações sociais, e que funcionam com um regulador do comportamento.
30) As representações sociais, frequentemente são associadas ao conhecimento de senso comum e são características de uma determinada época, sociedade ou cultura.
31) É através do conjunto das representações sociais partilhadas que os membros de um grupo se entendem e comunicam entre si.
32) As representações sociais têm origem em dois processos: objetivação e ancoragem.
33) Por objetivação entende-se o processo em que há uma seleção dos elementos de informação disponíveis e em que os elementos abstratos se objetivam em imagens concretas corresponde a um processo de simplificação.
34) Por ancoragem, entende-se o processo em que se dá a dissimilação das imagens criadas pela objetivação. As novas representações integram-se nas anteriores, que o sujeito possui, formando um todo que orienta o comportamento.
35) De entre várias funções das representações podem destacar-se: funções de saber, de orientação, funções identitária e função de justificação.
36) As representações permitem que as pessoas orientem as duas ações no mundo físico e social em que estão inseridas, permitindo-lhes que se adaptem de modo rápido e adequado.
--------------------Falta o título da matéria------------
1) A influência social designa o processo pelo qual as pessoas modificam, afetam os pensamentos, sentimentos, emoções e comportamentos de outras pessoas.
2) O processo de influência social ocorre no contexto dos grupos sociais e é uma consequência da interação social.
3) A interação grupal consiste na influência que os membros de um grupo exercem entre si. A influência é, portanto, mutua.
4) A influência social manifesta-se em 3 grandes processos: é normalização o conformismo e a obediência.
5) As normas fazem parte da vida social, sendo veiculadas através de processo de socialização. São uma expressão da influência social.
6) As normas refletem o que são socialmente desejável numa dada cultura, regulam as interações sociais e orientam o comportamento. Na maior parte das vezes não temos consciência de que as estamos a cumprir.
7) As normas apresentam modelos de comportamentos que são partilhados pelos elementos sociais, permitindo prever o comportamento dos outros.
8) Assumidas pelos elementos de um grupo, as normas traduzem o conjunto de valores, atitudes, constituindo-se como fator de coesão grupal.
9) Dá-se o nome de normalização ao processo de elaboração de normas por parte dos elementos de um grupo quando elas não existem de forma explícita.
10) As normas ao permitirem os comportamentos asseguram a estabilidade social.
11) O conformismo é uma forma de influência social que resulta do fato de uma pessoa mudar o seu comportamento ou atitudes da pressão ou do grupo.
12) O conformismo, como forma de influência social, e inerente á vida dos grupos. O respeito pelas normas é uma manifestação de conformismo sendo condição de sobrevivência dos próprios grupos.
13) Há fatores que podem favorecer um comportamento conformista: a unanimidade do grupo, a natureza da resposta, a ambiguidade da situação, a importância do grupo e autoestima.
14) O pensamento grupal refere-se a um fenómeno que pode ocorrer quando a motivação de um grupo, para chegar ao consenso é tão forte que os elementos que os constituem perdem a capacidade crítica.
15) A obediência é uma manifestação da influência grupal que ocorre quando as pessoas não se sentem responsáveis pelas ações que cometem sob ordens de uma figura de autoridade.
16) As experiências levadas a cabo por Migram levaram-no a concluir que há condições que favorecem o comportamento de obediência.
17) Dessas condições MILGRAM destacou algumas: a proximidade com a sua figura de autoridade, a sua legitimidade, a proximidade da vítima e a pressão do grupo.
18) O respeito pelas normas é uma das condições de coesão dos grupos sociais, sendo por isso, o seu desrespeito objeto de crítica de sansões.
19) Ainda que os grupos sociais promovam a conformidade às suas normas e regras, podem ocorrer no seu interior atitudes e comportamentos inconformistas.
20) O inconformismo designa a adoção de conceções, atitudes e comportamentos que não respondem ás expetativas do grupo.
21) As pessoas que adotam comportamentos inconformistas são objeto de crítica, que pode conduzir á marginalidade.
1) Cognição Social consiste em receber, selecionar, memorizar, transformar e organizar as informações, construir representações da realidade social, elaborar saberes comunicá-los.
2) Uma impressão é organização disponível acerca de uma pessoa de modo a integrá-la numa categoria para nós.
3) Quando construímos uma impressão acerca de alguém, prestamos mais atenção às informações que recebemos até formarmos uma opinião acerca dessa pessoa. Temos tendência a captar preferencialmente as características que sejam consistentes com a impressão.
4) As impressões desempenham funções importantes na interação social tais como a permissão do desenvolvimento das expectativas sobre o comportamento dos outros; o planeamento mais fácil nas nossas interações e a simplificação da complexidade do mundo social.
5) As impressões condicionam as relações de cada um em contextos sociais, sendo que a precisão dos nossos julgamentos seja afetada por um conjunto de fatores.
6) Atribuição casual á necessidade de procurarmos imediatamente uma causa ou explicação perante acontecimentos comportamentos dos outros ou mesmo perante ao nosso próprio, comportamento. Este processo inferência consiste em utilizar uma dada informação para encontrar uma estrutura estável, permanente, não imediatamente percetível, mas que é induzida.
7) As atribuições internas relacionam as causas do comportamento com disposições, características, capacidades e sentimentos pessoais. Já as atribuições externas relacionam causas do comportamento com pressões ou limitações impostas pelas situações.
8) As atribuições têm um impacto grande nas interações sociais de todos os dias (atribuições externas) e na modelação do nosso próprio comportamento (atribuições internas).
9) Ao longo da vida, as pessoas vão adquirindo redes de conhecimento social, a que a isso chamamos de expectativas, influenciam as atribuições, as interações sociais, assim como as próprias perceções memórias e pensamentos, selecionam e delimitem as atribuições aceitáveis dentro de uma dada previsão.
10) As expectativas formam-se a partir das impressões quando criamos uma impressão acerca de alguém, passamos a esperar dela um conjunto de comportamentos, formam-se também a partir de conhecimentos de função social dependem do papel social que determinada pessoa desempenha, e forma-se das expectativas dos outro, formamos e/ou alteramos as expectativas individuais.
11) Como qualquer tipo de conhecimentos, todos os processos de cognição social nos quais se incluem as expectativas, têm como objetivo organizar, explicar e prever o comportamento dos outros, facilitando e influenciando as relações sociais.
12) Os estereótipos podem ser negativas ou positivas e são o prolongamento da nossa tendência para categorizar e organizar a enorme quantidade de informação na vida de todos os dias.
13) Através dos estereótipos-crenças generalizadas e expectativas acerca dos grupos sociais e dos seus membros simplificamos a informação social, mas essa simplificação arrasta consigo uma generalização abusiva.
14) Os estereótipos mais comuns são os baseados e pertence a grupos étnicos, racionais, religiosos, de género e os ocupacionais.
15) As expectativas ligadas aos estereótipos conduzem o individuo a erros ou distorções. As pessoas vêm aqui que esperem ver, a sua visão dos outros é distorcida pelos estereótipos, originando distorções preceptiva. Apesar destas apresentarem alguma estabilidade temporal, os estereótipos são permeáveis às mudanças sociais.
16) As atitudes são tendências relativamente estáveis para uma pessoa se comportar de determinada face a uma situação, objeto, grupo ou pessoa.
17) Os objetos das atitudes podem incluir questões sociais, grupos, instituições, produtos de consumo e pessoas. Apesar das atitudes serem julgamentos sociais, elas não são exclusivamente cognitivas, mas “misturas” complexas de elementos, a que chamamos de componentes (cognição, afeto e comportamento).
18) Uma atitude é composta por três componentes: a cognitiva-ideias ou informações sobre o objeto social, a afetiva-emoção ou sentimentos negativos ou positivos em relação ao objeto social, e a comportamental-reações ou respostas ou face ao objeto.
19) As atitudes são aprendidas no processo de socialização, mas os processos de formação de atitudes nem sempre são os mesmos, podemos adquirir atitudes através da observação e imitação através da aprendizagem por condicionamento clássico ou condicionamento perante.
20) Os preconceitos género e são baseados e pertence a grupos étnicos, racionais, religiosos, de género e ocupacionais. Perante essas categorias é feita um juízo de valor, normalmente negativa, por parte de quem não pertence ao grupo.
21) Os preconceitos têm uma função socio-afetiva, aumentando a coesão, a união dentro de um grupo social “anos”. A descriminação designa o comportamento dirigido contra os indivíduos visados no preconceito, afetando a autoestima do elemento do grupo.
22) As pessoas tendem avaliar os membros do grupo exterior e rival de maneiras desfavoráveis assim, nascem preconceitos que provocam uma sensação de distanciamento social, levando a comportamentos discriminatórios.
23) As representações sociais são sistemas de conhecimento socialmente compartilhado que tanto servem para organizar a realidade social como a troca de informação dentro dos grupos sociais.
24) Os vários tipos de objetos das representações sociais são: problemas vitais, problemas sociais, teorias científicas e categorias sociais.
25) Considera-se que estamos perante uma representação social quando uma opinião ou conhecimento satisfaz três critérios fundamentais: quantitativas, genético e funcional.
26) As representações sociais se processam através de dois processos: a objetivação mecanismo de apropriação da qual as representações complexas e abstratas se tornam mais simples e concretas, dando-se em três fases: uma construção seletiva, um esquema figurativo e uma naturalização e a ancoragem refere-se a um conjunto de processos de constituição de representações através dos quais: um não familiar se torna familiar e as relações sociais são organizadas.
27) É através da socialização que aprendemos uma psicologia social aparentemente “ e intuitiva e espontânea “, mas que, de fato, resulta de um elaborado e complexo processo de construção de significações acerca do mundo social, com base em processos de cognição social, com destaque para as representações sociais.
O que é a cognição social?
Tal como as crianças, todos nós sofremos com a falta do outro. Não é por acaso que o castigo para a s crianças mal comportadas é o isolamento dos outros, o famoso método do “vai para o teu quarto” e que, mesmo o caso dos adultos na cadeia, o pior castigo seja o isolamento.
A observação destas situações leva-nos a concluir que somos seres essencialmente sociais, que dependemos sempre dos outros. É como os outros que aprendemos a falar, a andar, a agir, a pensar e a sentir como seres verdadeiramente humanos. Estar com os outros não é apenas necessário para realizar a nossa humanidade, mas ajuda-nos, também a superar situações problemáticas geradoras de ansiedade e de stress.
Porque somos seres essencialmente sociais, desenvolvemos estratégias cognitivas, de relacionamento e de conhecimento social. Algumas dessas estratégias são inatas, outras são adquiridas e desenvolvidas em contacto social.
Nas relações que estabelecemos com os outros, voluntário ou involuntariamente, somos invadidos por um maremoto de informações de várias origens.
A cognição social tem como objetivo a gestão dessa informação: consiste em receber, selecionar, memorizar, transformar e organizaras informações, construir representações da realidade social, elaborar saberes e comunica-los.
O que são impressões?
Quando interagimos com alguém, formamos imediatamente a “perceção da pessoa” , ou seja, formamos impressões sobre os outros.
Uma impressão é a organização da informação disponível acerca de uma pessoa, de modo a integrá-la numa categoria significativa.
A impressão geral é mais vasta do que essa avaliação permitindo fazer inferências para outras dimensões ou categorias. Assim, todos nós, na vida social quotidiana, utilizamos estratégias cognitivas para formar uma opinião sobre as pessoas que facilite a nossa relação com elas.
Como se formam as impressões?
Quando construímos uma impressão acerca de alguém, prestamos mais atenção às informações que recebemos até formarmos uma opinião acerca dessa pessoa. Depois disso, desvalorizamos as informações posteriores, mesmo quando elas estão em contradição com os dados iniciais. Trata-se do “efeito de ordem”, um dos fatores que afetam a exatidão das nossas impressões.
Para além disso, se criarmos nessa primeira impressão uma imagem positiva ou negativa de uma pessoa, temos tendência a captar preferencialmente as características que sejam consistentes com a impressão anteriormente formada. Esta tendência chama-se “efeito de halo”.
Esta tendência para formar impressões positivas das outras pessoas tem sido rotulada de “efeito de brandura“, “distorção de positividade” e “ efeito de Poliana”.
De facto, ao ser detetado um traço negativo, este trona-se mais saliente, por contraste ou por negatividade. Esta situação obriga a reavaliar as nossas primeiras impressões de modo a construímos uma imagem coerente do outro. Fazemos um juízo do outro de imediato, à medida que recebemos as informações, sem esperar tê-las recebido todas para formular a nossa opinião. Destacamos os traços mais relevantes – traços centrais – considerados mais importantes para o observador e/ou para o contexto.
Alguns elementos mais ou menos relevantes para um dado observador são suficientes para elaborarmos uma impressão acerca de alguém, embora, muitas vezes, essa impressão não seja a mais correta e adequada.
Mas afinal, como organizamos as impressões?
A exatidão das impressões não depende só da seleção: depende, também, do modo como organizamos essa informação.
Na formação das impressões organizamos a informação a partir de certos critérios ou quatros organizativos: a aparência física, a competência, a semelhança, a reciprocidade e a familiaridade. Mas uma boa aparência física é um dos critérios que influenciam a formação de uma impressão.
A familiaridade também é um fator decisivo no modo como organizamos a informação. Tendemos a considerar positivos os traços que observamos aí 0em pessoas semelhantes a nós: daí as impressões de desconfiança em relação a pessoas que se destacam por traços físicos, psicológicos e culturais diferentes daqueles que estamos habituados.
Podemos concluir que estes critérios nos permitem agruparem as informações em função de certos fatores.
A cognição social não limita a uma atividade intelectual que depende de capacidades cognitivas.
Não há uma verdade única perceção do outro: há apenas consensos ou verdades partilhadas. Não uma validade objetiva, mas apenas uma validade social.
O que é a atribuição causal?
Os psicólogos chamam a atribuição causal á necessidade de procurarmos imediatamente uma causa ou explicação perante acontecimentos, comportamentos dos outros ou mesmo perante o nosso próprio comportamento. Este processo de inferência consiste em utilizar uma dada informação para encontrar uma estrutura estável, permanente, não imediatamente percetível mas que é induzida.
A diferença entre as impressões e as atribuições causais é que, enquanto na formação de impressões só se organizam dados, direta ou indiretamente observados, na atribuição causal assinalam-se os motivos ou fatores que se supõem estar na origem do comportamento, relativos á pessoas ou ao ambiente.
Outros psicólogos, como Mill, defendem o métodos das diferencias: a causa é o fator que, desaparecendo, faz com que não se produz o comportamento.
O método das semelhanças em que um forte consenso dá lugar a uma atribuição estímulo.
Mas como fazem, de facto, as pessoas?
As pessoas contentam-se com o que está presente, correndo o risco de ver correlações onde não as há… Fazem generalizações sem se incomodarem grandemente em procurar informações contrárias.
As pessoas tendem a localizar as causas do comportamento ou dentro de si, atribuindo a fatores pessoais, ou fora de si, atribuindo a fatores ambientais.
As atribuições internas relacionam as causas do comportamento com disposições, características, capacidade e sentimentos pessoais.
Já as atribuições externas relacionam as causas do comportamento com pressões ou limitações e postas pelas situações.
As atribuições têm impacto enorme nas interações sociais de todos os dias (atribuições externas), e na modelação do nosso próprio comportamento (atribuições internas).
Como se formam, então as expectativas?
· A partir das impressões. Quando criamos uma impressão acerca de uma pessoa, passamos a esperar dela um determinado conjunto de comportamentos. Assim, por exemplo, se eu formei a impressão de que a professora de Psicologia é sociável, espero dela determinados comportamentos e atitudes, coerentes com a impressão que construí.
· A partir do conhecimento de função social. As expectativas dependem do papel social que determinada pessoa desempenha. Por exemplo, se sei que quem entra na sala é professor, espero que ele compre normas de comportamento que a sociedade definiu como o “próprios” dessa função.
A partir das expectativas dos outros.